A criação de estratégias robustas requer o reconhecimento da
imprevisibilidade do futuro e a disposição para considerar a possibilidade de rupturas e descontinuidades, tanto no ambiente de negócios quanto no próprio escopo de negócios da organização.
Cenários não são previsões de futuro, mas a articulação de possibilidades futuras para o ambiente de negócios que sejam críveis e internamente consistentes, contra as quais os planos estratégicos têm que ter a sua robustez e adequação testadas.
Idealmente, a metodologia de cenários é usada para horizontes de longo prazo, compatíveis com a duração típica dos ciclos de negócios críticos para a organização. Ao trabalhar com horizontes temporais bem mais longos que aqueles dos exercícios de planejamento, a técnica de cenários liberta o pensamento da alta administração de suas certezas não questionadas e do raciocínio incremental.
A construção de cenários de negócios deve ter como fundamento essencial que a alta administração sinta-se como autora dos cenários. Assim, fica assegurada a aceitação dos cenários como disciplina de raciocínio e a sua posterior utilização no teste de robustez de quaisquer alternativas estratégicas, o que configura a sua efetiva incorporação ao processo estratégico. |